A pré-história brasileira é dividida em dois grandes períodos: culturas do pleistoceno (anteriores a
12.000 anos A.P. (Antes do Presente)) e culturas do holoceno
(posteriores a 12.000 anos A.P.).
Sítios arqueológicos do Pleistoceno são, principalmente, áreas de caça e
matança, não de acampamentos residenciais. Os artefatos identificadores mais
comuns são as pontas bifaciais, especializadas de projétil, geralmente
acompanhadas de lascas usadas como facas, raspadores e raspadeiras.
Então, em um tempo muito distante do nosso, o país que conhecemos hoje por nome de Brasil era bem diferente. Não existia nele a floresta mais cobiçada do planeta, a Floresta Amazônica. Além disso, a paisagem era formada por campos e cerrados. Próximos aos rios existiam árvores de até 6 metros de altura. A temperatura era pelo menos 5° C mais fria que a atual.
Então, em um tempo muito distante do nosso, o país que conhecemos hoje por nome de Brasil era bem diferente. Não existia nele a floresta mais cobiçada do planeta, a Floresta Amazônica. Além disso, a paisagem era formada por campos e cerrados. Próximos aos rios existiam árvores de até 6 metros de altura. A temperatura era pelo menos 5° C mais fria que a atual.
Nesse
tempo distante, ou seja, no período Pleistoceno, época das grandes glaciações, animais
gigantes como gliptodontes, macrauquênia, mastodonte, toxodonte, megatério e
tigre dente de sabre reinavam formando uma fauna exótica.
Gliptodonte
O gliptodonte é uma espécie de mamífero herbívoro, antepassado dos atuais tatus. Ele podia medir até três metros de comprimento e pesar uma tonelada e meia.
Macrauquênia
Mastodonte
O Mastodonte da Planície viveu na América do Sul há 3 milhões de anos atrás durante o Plioceno, descendendo dos mastodontes que vieram da América do Norte quando se formou a ponte de terra entre as Américas. O mastodonte pesava cerca de 7 toneladas e media 3 metros de altura e era herbívoro.
Toxodonte
O toxodonte habitou Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolivia
e Brasil do final do Plioseno até época relativamente
recente. Toxodon significa "dente de flecha" e platensis provavelmente
relacionado a Plata, da Argentina. Seus fósseis já foram encontrados
em associação com pontas de flechas, o que indica que sua extinção pode estar
relacionada à caça movida pelos primeiros indígenas da América do Sul
Megatério
O megatherium
americanum foi uma preguiça terrestre gigante
que existiu na América do Sul de 2.000.000 a.C. a cerca de 9.000 a.C. Sua
extinção foi provavelmente resultado de caça excessiva por parte dos índios
sul-americanos
Tigre Dente de Sabre
Seu nome oficial é Smilodon. Os caninos (dentões da frente) chegavam a cerca de 20 centímetros, pesava de 200 a 400 quilos e alimentava-se de outros animais.
O PROCESSO DE OCUPAÇÃO HUMANA DA AMÉRICA, DO BRASIL E DE GOIÁS.
Como e quando os seres humanos
chegaram à América?
Segundo os autores Dreguer e Toledo (2006, p. 34-35),
para descobrir como e quando ocorreu a ocupação humana no território do atual
Brasil, precisamos verificar de que modo esse processo se deu no continente
americano.
Analisando os vestígios encontrados, os arqueólogos deduziram
que os seres humanos chegaram ao continente americano vindos de outros
continentes. Contudo, há muitas divergências sobre como e quando ocorre sua
chegada.
Até a década de 1970 predominava, entre os arqueólogos,
a hipótese de que os primeiros seres humanos a chegar à América teriam vindo
exclusivamente da Ásia. Observe, no mapa, o possível percurso que fizeram para
atingir o atual continente americano.
Segundo essa hipótese, entre 50 mil e 10 mil anos atrás, o nível do mar teria baixado muito em razão do congelamento das águas nas regiões dos polos. Haveria, então, um trecho emerso que permitiria a passagem por terra, do continente asiático para o americano, no atual estreito de Bering.
Há cerca de 10 mil anos, um aumento na temperatura
do planeta causou um grande degelo que fez aumentar o nível dos oceanos. Com
esse aumento, a ligação terrestre entre a Ásia e a América ficou encoberta,
deixando de existir definitivamente. Contudo, os arqueólogos supõem que os
povos asiáticos teriam utilizado essa ligação terrestre durante milênios para
migrar até a parte norte da América. No decorrer de milhares de anos, os
descendentes dos primeiros povos a alcançar a América teriam se espalhado por
nosso continente.
Após a década de 1970, alguns pesquisadores passaram
a questionar essas hipóteses, sugerindo que os primeiros habitantes da América
não seriam originários apenas da Ásia, mas também de outras regiões. Observe no
mapa quais seriam suas origens.
Segundo essa hipótese, não houve um único caminho de chegada dos seres humanos à América, mas três rotas diferentes.
- A primeira seria a travessia da Ásia à América pelo estreito de Bering, utilizando a ligação terrestre citada anteriormente.
- Pela segunda rota, habitantes de algumas ilhas do Pacífico teriam cruzado o oceano em barcos, em direção à América Central e do Sul.
- Pela terceira rota, grupos que viviam na Austrália teriam se deslocado para a Antártida e desta para o sul da América. Novamente, supõe-se que esses deslocamentos teriam sido feitos por meio de navegação pelo Pacífico.
Mas
quando teria se dado a chegada desses humanos à América? E sua fixação no atual
Brasil?
Mais uma vez, a década de 1970 foi um período de questionamentos.
Até aquele momento, era bastante aceita a hipótese de que os primeiros grupos
teriam chegado à América há cerca de 12 mil anos. Pesquisas arqueológicas, porém, encontraram
nas últimas três décadas vestígios mais antigos da presença e da atividade
humana em diversos pontos da América. Com base nessas descobertas, alguns arqueólogos
passaram a defender a ideia de que a ocupação do continente teria ocorrido em datas
bem anteriores a 12 mil anos.
Uma das principais defensoras dessa hipótese é a arqueóloga
Niède Guidon, que faz pesquisas em sítios arqueológicos do estado do Piauí. Ela
encontrou nesses locais amostras de carvão e de pedras lascada datadas de cerca
de 40 mil anos. Para Guidon, seriam indícios de instrumentos e de fogueiras
feitas por seres humanos.
No entanto, muitos arqueólogos brasileiros e de
outros países discordam dessa concepção. Eles afirmam que as pedras lascadas podem
ter sido produzida pela rolagem natural das pedras em virtude da ação de
chuvas. Os restos de carvão, por usa vez, podem ter resultado de um incêndio
espontâneos, causado por um raio. A possível ação humana só seria
definitivamente comprovada se fossem encontrados restos de ossos humanos perto
das pedras e do carvão, o que não ocorreu até o momento.
Apesar das polêmicas sobre a
origem e a época da chegada dos primeiros agrupamentos humanos à América, a
atualmente a maioria dos arqueólogos admite que, há mais de 10 mil anos, eles
estavam presentes em diferentes partes do continente, inclusive no território
do atual Brasil.
Dessa forma, entende-se que, o povoamento da América e, naturalmente, do
BRASIL, ocorreu no final do Pleistoceno, ao término da última glaciação. Os
principais artefatos da pré-história brasileira dessa época são as pedras
manipuladas para a confecção de instrumentos, os fragmentos cerâmicos, a
reciclagem de ossos de animais e conchas, notadamente.
O conceito de PALEOÍNDIO, no Brasil, é utilizado para as culturas mais antigas, encontradas em Goiás, Minas Gerais, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Para as outras culturas de caçadores pré-cerâmicos usa-se o conceito de “arcaico”.
O conceito de PALEOÍNDIO, no Brasil, é utilizado para as culturas mais antigas, encontradas em Goiás, Minas Gerais, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Para as outras culturas de caçadores pré-cerâmicos usa-se o conceito de “arcaico”.
Em alguns estados brasileiros há datações que registram a presença do
homem antes de doze mil anos, sendo-as:
No Brasil, os vestígios da vida pré-histórica estão presentes principalmente nas bacias sedimentares do Paraná, Parnaíba, Amazonas, Solimões, Parecis e São Francisco. Veja o mapa abaixo:
- em Minas Gerais, a cultura do homem de Lagoa Santa (Gruta do Sumidoro, Lapa Mortuária de Confins, Cerca Grande em Pedro Leopoldo);
- em São Paulo, o Sítio Alice Boer,
- em Rio Claro e no rio Ribeira do Iguape;
- em Mato Grosso, o Abrigo do Sol, em um afluente do Guaporé.
No Brasil, os vestígios da vida pré-histórica estão presentes principalmente nas bacias sedimentares do Paraná, Parnaíba, Amazonas, Solimões, Parecis e São Francisco. Veja o mapa abaixo:
A linha pontilhada ao longo da costa (mapa acima) mostra o antigo litoral e a paulatina subida do nível do mar até a configuração atual.
Na época os habitantes do Brasil viviam em grupos de aproximadamente dez pessoas, coletavam e caçavam. Esses grupos revelavam seus costumes
através de pinturas rupestres, as quais foram/são encontradas nos locais identificados no mapa abaixo:
Legenda:
1.
Alto Sucuriú, MS;
2.
Serranópolis, 3. Rio do Peixe; 4. Caiapônia, 5. Uruaçu, 6. formadores
do rio Tocantins, GO;
7.
Rio Paraná, 8. UHE Serra da Mesa,
TO;
9.
Serra do Cipó, 10. Varzelândia, 11.
Vale do Peruaçu, MG;
12.
Serra Geral, BA;
13.
Itaparica, 14. Bom Jardim, PE;
15.
Rio Açu, 16. Litoral, RN;
17.
São Raimundo Nonato, PI.
Quando os grupos humanos da Pré-história chegaram a Goiás?
Esses grupos chegaram às terras do estado de Goiás
entre 12 mil e 9 mil anos atrás. Nessa época, eles já utilizavam o fogo, mas não
sabiam cultivar plantas nem domesticar animais.
O mapa a seguir
representa o mundo com os continentes e oceanos. Nele, aparecem as possíveis
direções percorridas pelos grupos humanos da Pré-história até chegarem a o Brasil, e possivelmente à Goiás.
Muitos pesquisadores acreditam que, provavelmente, esses grupos saíram da
região da Ásia Central. FONTES:
http://hernehunter.blogspot.com.br/2011/06/pre-historia-brasileira.html. Acesso: 10 jan 2012.
DREGUER, Ricardo; TOLEDO, Eliete. História Conceitos e Procedimentos. 1. ed. São Paulo: Atual, 2006
GARCIA, Ledonias Franco; MENEZES, Sônia Maria dos Santos. História de Goiás para todos. São Paulo: Scipione, 2004.
PRIMO, Divina Pereira. A pré-história do Brasil e de Goiás. Texto elaborado como atividade avaliativa no curso de Graduação. 2005.
DREGUER, Ricardo; TOLEDO, Eliete. História Conceitos e Procedimentos. 1. ed. São Paulo: Atual, 2006
GARCIA, Ledonias Franco; MENEZES, Sônia Maria dos Santos. História de Goiás para todos. São Paulo: Scipione, 2004.
PRIMO, Divina Pereira. A pré-história do Brasil e de Goiás. Texto elaborado como atividade avaliativa no curso de Graduação. 2005.
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